Trabalhadores exigem<br>diálogo na <i>Scotturb</i>
Melhoria das condições salariais e de trabalho, cumprimento do Acordo de Empresa, fim da precariedade e passagem a efectivos de todos os trabalhadores com contratos a prazo e dignificação do trabalho e dos trabalhadores, são as exigências dos trabalhadores da Scotturb, que sexta-feira, 13, se concentraram frente às instalações da empresa.
A comissão sindical da transportadora rodoviária que opera nos concelhos de Sintra, Cascais e Oeiras instalou mesmo uma mesa negocial convidando a administração a desbloquear o diálogo em torno destas matérias, pendentes há vários anos e no centro de diversas jornadas de luta já realizadas.
Estes «são trabalhadores que continuam a ser confrontados com o adiamento da contratação colectiva, que é permanente e inaceitável, e também têm sido lesados nos seus direitos individuais e colectivos», disse Arménio Carlos, para quem «o bloqueamento quase total da contratação colectiva» representa a «negação da democracia em Portugal».
«Não podemos aceitar que os direitos dos trabalhadores e a democracia fiquem à porta das empresas e que os administradores pensem que estão acima de tudo, inclusive da lei. Nós precisamos de pôr travão a isto e, neste contexto, o Governo é tão responsável como as associações patronais», considerou o secretário-geral da CGTP-IN, presente na iniciativa que contou, ainda, com a participação solidária da Comissão de Utentes dos Transportes de Cascais, e do vereador do PCP na Câmara Municipal de Cascais, Clemente Alves.